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Como comprometer as novas gerações?

Hoje o mercado de trabalho conta com profissionais de, no mínimo, quatro gerações - Baby Boomers, Geração x, y e z

A contemporaneidade tem nos mostrado, cada vez com mais intensidade e rapidez, mudanças importantes na forma com as pessoas vem se relacionando com o trabalho e com os contextos onde executam esses trabalhos. Novas profissões estão surgindo, outras se extinguindo, e o mercado está precisando se adaptar e buscar as melhores formas de se relacionar com estas mudanças e com seus protagonistas. A cada nova geração que ingressa no mercado, inevitavelmente, sente-se a necessidade de mudanças das bases que orientam as relações de empresas e gestores, com seus profissionais.

Mas por que tais mudanças ocorrem?

Quando pensamos em “geração”, estamos nos referindo a um grupo de pessoas que compartilharam de um momento histórico-cultural específico, com eventos importantes que influenciaram sua forma de perceber o mundo e, consequentemente, sua forma de se relacionar com ele, suas expectativas, seus valores e princípios norteadores.

Isso inclui a forma como as pessoas de uma determinada geração entendem o significado e objetivo do trabalho, assim como sua forma de se relacionar com o mundo organizacional. Por isso entender a história, valores e crenças orientadores de cada geração é fundamental para as empresas e gestores que buscam os melhores resultados de seus profissionais, partindo do princípio de que toda relação (Empresa X Profissionais), terá sempre em sua base a necessidade de troca efetiva entre as duas partes; pois ambos são naturalmente movidos por seus desejos, necessidades e objetivos. Entender valores e fragilidades de cada geração, assim como suas respectivas contribuições e anseios, é o direcionamento necessário para o alcance do comprometimento e resultados efetivos de ambos.

Quando falamos em comprometimento estamos olhando para um fenômeno bem específico, que sugere comportamentos de entrega e envolvimento para com uma situação ou contexto, que necessariamente seja percebido pelo indivíduo, com representante claro de suas crenças, princípios e valores enquanto ser humano; pois caso um indivíduo não perceba seus princípios e propósitos sendo abarcados pela cultura de uma organização, dificilmente irá gerar comprometimento necessário para uma entrega efetiva. 

Hoje o mercado de trabalho conta com profissionais de, no mínimo, quatro gerações - Baby Boomers, filhos daqueles que voltaram das guerras, nascidos entre 1945 e 1960, valorizam a ideia de uma carreira sólida, na qual há uma fidelização ao trabalho e são preocupados com o dever, a segurança financeira, e a permanência dentro de uma empresa. Geração X, nascidos entre 1960 e 1985, geração que teve a tecnologia entrando em casa, vivenciou mudanças nas moedas, a que busca trabalhar muito, é competitiva, apegada a títulos e cargos e preocupada em estar bem posicionada socialmente - Geração Y, nascidos entre 1980 e 1995, geração que nasceu dentro de um contexto tecnológico estabelecido, que muda radicalmente a forma de entender o mundo, onde o impulso para o trabalho não vem da necessidade de sobrevivência (valor ao financeiro) e nem do status social (valor a competitividade e crescimento desenfreado), mas sim um profissional voltado à busca de realização de seus propósitos humanos, bem-estar, qualidade de vida, relações de equilíbrio e não de dominação, ao prazer e sentido do trabalho como uma missão de vida, que gosta de ser participativo nas decisões e que quer se perceber com importância no que se envolve. Além disso gosta de desafios, está constantemente observando o contexto mundial. São voltados à busca de experimentações, e não à construção de patrimônio ou destaque social, visto que o mundo é sua comunidade, e a vivência é a sua riqueza. 

E ainda temos a geração Z, que é a hiperconectada. São os nascidos entre 2000 a 2009 praticamente conectados integralmente com os dispositivos avançados. Têm características mais plurais, são mais tolerantes que as gerações anteriores. Conseguem processar com mais agilidade uma informação. No entanto, têm dificuldade de concentração e constantemente passam de uma atividade para outra sem ter concluído a primeira.

Se você tem talentos dessas novas gerações e não quer perdê-los, fique atento a isso:

Perceba se suas diretrizes de negócio e seus processos – principalmente de Gestão de RH e Lideranças – estão alinhados às características destas novas gerações, pois para reter essas pessoas algumas medidas podem ser tomadas, como por exemplo trabalhar com Gestão de Carreiras voltada para os aspectos valorizados por esta geração. Lideranças preparadas para uma comunicação, negociação e dinamismo maior, visto que esses profissionais precisam e valorizam ser ouvidos e considerados como peças que realmente contribuem para o resultado almejado. Políticas de Responsabilidade Social, diretrizes que considerem efetivamente a Saúde Mental no Trabalho, e o reconhecimento coerente e justo, pois o trabalho tem a mesma importância que todas as outras dimensões da vida, e o equilíbrio entre elas é um valor importante.  

O desafio, realmente fica para gestores e executivos, em quebrar antigos paradigmas sobre relações de trabalho, para revisitarem suas próprias crenças e princípios, buscando oxigenação de novos modelos mentais, e a disponibilidade de conduzir mudanças importantes em seus formatos de gestão e liderança, para obter o melhor de cada geração.

 

DESTAQUE:

"Se você tem talentos das novas gerações na sua empresa e não quer perdê-los, fique atento"

 

Raquele Mattos Collares

Psicóloga Clínica, MS. Psicologia Organizacional, 

Coach e Consultora em Gestão de Pessoas,

Professora Universitária