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O mundo interpessoal influenciando organizações de trabalho

PSICOLOGIA ORGANIZACIONAL

O trabalho com grupos é verdadeiramente apaixonante, e de fundamental importância para o alcance dos resultados organizacionais. Tenho tido a fantástica oportunidade de trabalhar com o desenvolvimento humano nas organizações a partir do trabalho com grupos. Esta é uma das experiências mais gratificantes que tenho experimentado profissionalmente.

Ainda na década de 30, alguns estudiosos como Maio, Lewin, Moreno, entre outros, estudando o funcionamento humano nas organizações, descobrem um dos fenômenos de maior potencialidade de influência no desempenho dos grupos de trabalho: as Relações Interpessoais no Trabalho. Estes estudos mostram a importância de, não só entender, mas também gerenciar os aspectos envolvidos nas interações sociais dentro das organizações, como alavanca de produtividade e, com certeza, de saúde em todas as suas dimensões.

Quando falamos disso, alertamos para o fato de que a efetivação da tarefa profissional vai depender necessariamente da atenção e gerenciamento de duas dimensões concomitantes e auto influenciadoras: Dimensão da Tarefa e Dimensão Sócio Emocional. Quando falamos da Dimensão da Tarefa, falamos da capacidade do grupo em realizar determinadas atividades que deverão gerar determinados resultados; porém quando falamos da Dimensão Sócio Emocional, falamos da viabilidade ou não destas aptidões serem efetivas a partir da influência sofrida pela Dimensão Sócio Emocional. Sendo esta que irá caracteriza o formato das interações humanas na realização das atividades, envolvendo o estilo de relacionamento entre seus membros (questões interpessoais), e as próprias motivações, humores, emoções, etc. (questões intrapessoais) envolvidas na ação.

Quando falamos de olhar para os grupos e proporcionar espaço para que os mesmos se reconheçam e desenvolvam, via de regra utilizamos a metodologia de Dinâmica de Grupos, embasada na Educação de Laboratório que segundo Moscovici, é um conjunto metodológico que visa mudanças pessoais e interpessoais a partir de aprendizagens baseadas em experiências diretas ou vivenciais, que deverão abranger os níveis cognitivos, emocionais, atitudinais e comportamentais dos indivíduos envolvidos. Quando usamos o nome “laboratório” evidencia-se o caráter experimental, para o desenvolvimento de novas posturas, em um ambiente seguro, orientado e preparado para tanto. Falamos isto no sentido de que os participantes são instigados a experimentar comportamentos diferentes dos usualmente aplicados, em diferentes situações interpessoais, ampliando a consciência sobre seu funcionamento e sobre o impacto do mesmo no alcance dos objetivos do grupo e pessoais; em um ambiente estruturado para tanto.

Os resultados vividos nestes trabalhos, evidenciam a eficácia do mesmo de diversas formas, mas a principal delas, e que mais me chama a atenção, é no desenvolvimento da capacidade de apropriação dos indivíduos que participam deste trabalho, sobre suas escolhas e sobre o que realmente faz sentido para consigo. Com esta habilidade, temos profissionais mais maduros, conscientes de nossa interdependência, mas acima de tudo, protagonistas de suas próprias vidas profissionais. E isto interessa aos indivíduos, ás empresas e à sociedade como um todo.

Pessoas conscientes de sua responsabilidade por suas carreiras, por seus desempenhos e por sua participação no mundo de forma mais efetiva ou reativa; fazendo escolhas com significado e por isso auto motivadoras.

 

Raquele M. Collares

MS. Psicologia Organizacional, Consultora  e Coach.

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