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Quando Pessoas Deixam de Ser Recursos Humanos

Cada vez mais temos percebido a importância de revisitarmos nossos modelos mentais a respeito da relação entre as organizações e as pessoas que dela fazem parte, e que são as principais responsáveis por sua existência, sucesso ou fracasso. E por mais que ainda seja um tanto indigesto para alguns, as pessoas são a força motriz de seu funcionamento e do rumo que esta organização tomara em sua história.

E porque esta mudança no formato de relacionamento com o “recurso” humano nas empresas, causaria indigestão? Porque para tanto, precisamos revisitar e remodelar tais pressupostos sobre o papel, funcionamento e relação que iremos estabelecer com as pessoas nas empresas; abrindo mão efetivamente de uma pensamento de busca de maior usufruto possível, para uma relação de troca real e efetiva, onde ambos tem a responsabilidade de dedicar-se a entender, reconhecer e validar ou não as demandas, propósitos, e formas com que o outro envolvido busca alcançar seus objetivos; e mais que isso, fazer uma escolha consciente e responsável sobre aceitar ou não fazer parte dessa relação. Com isso, aumenta-se em muito a responsabilização de cada um dos envolvidos sobre suas escolhas, sendo ainda uma novidade indigesta para muitos!

Presenciamos empresas realizando ações no sentido de demonstrar valorização das pessoas vistas como parceiras, e em muitas delas a efetividade se comprova em resultados, porém deixa claro a necessidade de desconstrução do conceito de Recurso quando o assunto é Humanos; pois um fato mostra-se irrevogável: as pessoas da organização não são recursos! São humanos e com suas peculiaridades precisam ser vistos, reconhecidos e valorizados; para que efetivamente se viabilize uma relação de troca!

Enquanto os meios para o alcance de maior produtividade forem pautados na percepção do humano como recurso, estaremos com lindos discursos e brilhantes projetos que não sairão do papel, ou não terão efetividade em seus objetivos.

Devemos mudar nossa percepção sobre o humano nas organizações e sobre a forma de nos relacionarmos verdadeiramente com estes humanos, e para tanto precisamos incluir em nossos projetos a percepção de que as pessoas são movidas pelo seus propósitos, com realidades diferentes e buscam objetivos muito claros; e que o papel da organização, para receber uma excelente produtividade e entrega destes humanos, é a busca constante de entendimento de propósitos, capacidade de adaptação e negociação com estes, respeitando seus próprios objetivos, propósitos e cultura; mas realmente abertos a negociações que favoreçam as buscas de ambos, organização e seus profissionais.

Enquanto nossos projetos para lidar com as pessoas nas organizações forem pautados na percepção destes como recursos, tais projetos estarão fadados ao fracasso; pois cada vez mais temos indivíduos conscientes de seus potenciais, consciente de seus propósitos e determinados a alcança-los, abertos a relações de troca e não mais de usufruto de seus potenciais.

As pessoas que compõe as organizações vem mudando suas formas de ver o mundo e de se relacionar com ele, e com o mundo do trabalho não seria diferente! As empresas que já entenderam essa mudança, e tem a disponibilidade de se relacionar diferentemente do que nas últimas décadas vem acontecendo. São empresas que recebem o melhor de cada indivíduo, que recebem comprometimento afetivo dos profissionais para com suas atividades, potencializando suas capacidades, e incrementando em muito seus resultados.  Parabéns, a esses visionários!

 

Raquele Collares

MS. Psicologia Organizacional, Coach e Consultora.

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